Como participar das produções da Agência Escola UFPR auxiliou a minha formação de forma multidisciplinar #AgenciaEscolaUFPR
Por Kamilla Schreiber
A Agência Escola UFPR (AE) tem sido fundamental para a minha formação profissional e pessoal. Em fevereiro de 2020, entrei na Agência como bolsista do curso de Comunicação Institucional do Setor de Educação Profissional e Tecnológica (Sept) da Universidade Federal do Paraná e com muitas expectativas para trabalhar na área de gestão e planejamento de mídias sociais, mas sem saber ao certo com o que iria me deparar.
Desde então, tenho feito parte de diversos projetos que me colocaram em contato com as mais diversas áreas e que me surpreenderam com muito aprendizado. Infelizmente, com a pandemia da Covid-19, boa parte do que vivi na AE foi em home office. Porém, isso não me impediu de participar como apresentadora na 2ª edição do Movimento Conexão, de fazer a abertura da 1ª edição do Divulga Ciência AE, de criar ideias e artes para posts nas redes sociais e de desenvolver projetos audiovisuais, como o Filme AE 2020.
Uma das experiências pela qual carrego muito carinho foi a produção do Filme AE 2020. O desdobramento da produção se fez em reuniões de planejamento, marketing e criação de roteiro, processos dos quais não participei, mas que foram essenciais para colocar a ideia em prática. A minha atuação teve início com a separação de fotos para o cut out animation, nome dado à técnica de animação que utiliza personagens, figuras e cenários criados a partir de materiais como papel, cartão, tecido e fotografias e que foi usada no vídeo.
Parte da produção foi realizada no Laboratório do Departamento de Design da UFPR, na Reitoria, onde pude participar como diretora de arte e assistente de direção. Tomando todos os cuidados necessários de higienização, foi quase uma semana de trabalho manual imprimindo imagens, cortando-as, indo atrás de materiais e também de muito trabalho estratégico e artístico para criar colagens posicionadas de maneira que ficassem agradáveis, criativas e que trouxessem a essência da AE e da campanha institucional – confira o resultado abaixo.
Durante a produção encaramos diversos desafios como a incidência da luz nos materiais que precisava ser a mesma em todos os takes, a atenção na continuação das cenas, a entrada e saída de elementos do quadro, o tamanho do vídeo que não podia passar do tempo previamente atribuído, os elementos que não podiam se repetir, a sequência de cientistas seguindo sempre a ordem do storyboard e de detalhes, como a sujeira do giz que não podia aparecer na próxima cena. Produzir esse vídeo em formato cut out animation foi um gigantesco aprendizado sobre paciência, criatividade, direção de arte e também sobre ciência.
Participar desse projeto audiovisual ampliou a visão que eu tinha da ciência e de sua comunicação para a sociedade. Desde a seleção de imagens e a separação das fotografias de cientistas, que envolveu muita pesquisa sobre suas vidas e atuações, até o contato que tive com produções realizadas pela AE anteriores à minha entrada, que traziam como tema a ciência na UFPR.
A campanha institucional em geral me ensinou muito sobre o papel da Agência na divulgação científica e sua importância para o cotidiano das pessoas. Além disso, a técnica de cut out animation foi uma novidade para mim. Crio colagens digitais desde 2019 e a AE permitiu esse contato com uma de minhas afinidades, porém com foco em um tema diferente de tudo o que eu já tinha criado. Esse espaço multidisciplinar de aprendizado que traz outras maneiras e técnicas de aprender e que incentiva a criatividade foi essencial na realização do vídeo e me aproximou ainda mais da arte da colagem.
A produção não só do Filme AE 2020, mas de tudo o que realizei até agora na Agência desenvolveu meus horizontes de forma que não poderia imaginar quando pisei pela primeira vez aqui dentro. Ser bolsista na AE é crescer todos os dias, enfrentando novos desafios e entendendo que passos mesmo pequenos podem ter grande impacto na vida das pessoas. A Agência tem me mostrado e reforçado a importância de construir um futuro mais transparente, evitando a desinformação e tornando a ciência cada vez mais acessível.