Como levar a ciência a todas as pessoas e lugares? Essa é a missão dos divulgadores científicos, grupo que ganha cada vez mais adeptos no país. Para alcançá-la, o Encontro Nacional de Popularização da Ciência reuniu, nos dias 12 e 13 de dezembro, em Brasília (DF), cerca de 400 pessoas envolvidas com a divulgação e popularização da ciência.
A programação do evento, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Diretoria de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, contou com feiras, mostras, museus, centros de ciências e olimpíadas, além de grupos de trabalho. Esse foi o primeiro encontro após a assinatura do Decreto Nº 11.754, que instituiu o Programa Nacional de Popularização da Ciência (Pop Ciência).
Como conta a diretoria do Setor de Artes, Comunicação e Design da Universidade Federal do Paraná (Sacod-UFPR), que também é coordenadora geral da Agência Escola UFPR (AE), Regiane Ribeiro, o clima entre os participantes já era diferente devido ao ânimo que essa institucionalização, e consequente organização, representa.
“Todo mundo superanimado, os divulgadores bastante comprometidos com a participação e em contar o que estavam fazendo. A organização foi muito bem-sucedida, porque conseguiu trazer não só os divulgadores científicos, mas articular também outras instituições que estão diretamente ligadas a esse processo de popularização da ciência”, comenta Regiane, que coordenou o Grupo de Trabalho de Comunicação Pública da Ciência durante o encontro. Alguns exemplos dessas participações foram do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Educação e Cultura (MEC).
A coordenadora da AE comenta que a participação no GT permitiu pensar o cenário geral de iniciativas de divulgação científica e como a Agência Escola é uma iniciativa inovadora nesse processo de formação. “Ficou evidente o papel que a Agência Escola tem hoje dentro da UFPR, e também como modelo de projeto pra pensar a divulgação científica e popularização da ciência. Esse fomato de extensão com foco na formação e capacitação de divulgadores de ciência é um anseio de muitas instituições e pessoas”, acrescenta Regiane.
POP Ciência
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou o Programa Nacional de Popularização da Ciência (POP Ciência) em outubro deste ano. A iniciativa representa um passo importante para que o Brasil desenvolva a cultura científica de uma maneira institucionalizada, mais estruturada, democrática e em rede, com tecnologia e inovação conectadas à inclusão e à diversidade.
Dessa forma, torna-se mais natural despertar o interesse pela ciência e fornecer o apoio necessário para que seja uma realidade para todos, como a diretora de Ciência, Popularização e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes, explicou à AE na época do lançamento.
“O POP Ciência constitui uma rede, um ecossistema de popularização da ciência, que quer unificar as ações existentes do MCTI sobre divulgação científica e democratização da ciência, otimizar recursos, além de ter mais capilaridade e melhor desempenho, atuando com estados, municípios, universidades e institutos federais”, explicou Juana.