Por Priscila Murr
Fotos: Marcos Solivan
Fotos das mesas: Priscila Murr
Supervisão: Maíra Gioia
Com programação cultural diversificada, versão presencial do evento reúne nomes da Cultura, da Literatura, da Ciência e da Arte
Entre os dias 2 e 5 de setembro, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) reuniu, além dos expositores de livros, na tradicional feira do livro, diversos nomes da Arte, da Ciência, da Cultura e da Literatura. Sob o tema “Abra um livro e a sua mente — Conversas sobre Ciência e Arte”, a versão presencial do evento transformou a Reitoria num espaço de encontros e descobertas.
Com uma programação cultural diversificada, oportunizando apresentações artísticas, oficinas, experiências de escrita, conversas com editores, sessões de autógrafo e bate-papos, o evento põe em relevo a divulgação cientifica. Para ajudar a desmistificar a ideia de que a ciência está restrita àqueles que atuam em laboratórios, por exemplo, a mesa “Comunicando a Ciência” apresentou diferentes modos de divulgação para o máximo de pessoas possível.
Trazendo exemplos desde o YouTube, passando pelas páginas de revistas e chegando ao trabalho de pesquisadores dentro da universidade, a conversa reforçou a necessidade de tornar o conhecimento acadêmico ainda mais acessível, com dicas para o engajamento de toda comunidade.
Integrante da mesa, a professora Regiane Ribeiro, diretora do Setor de Comunicação, Artes e Design (Sacod) e coordenadora da Agência Escola UFPR destacou a importância da discussão para estimular o desenvolvimento das novas gerações de pesquisadores.
“Partindo de uma reflexão sobre a popularização e a divulgação científica, é importante pensarmos no impacto que uma feira do livro como essa tem no cotidiano da universidade, alcançando um grande público e efetivando seu papel formador”, destaca.
A mesa foi composta, ainda, por Camille Bropp, da Revista Ciência UFPR; Francisco Roberto Szezech Innocêncio, da Revista Tinteiro; e Gisele Eberspächer, do Canal “Vamos falar sobre livros?”. E o consenso sobre a importância de projetos que viabilizem a atuação dos jovens, colocando-os como protagonistas do processo científico, foi geral.
Para complementar essa ideia, Sofia Nestrovski, em “Uma conversa sobre ciência e arte”, criou uma atmosfera na qual fica inegável: a ciência está em tudo, sim. A autora de “A história invisível” e podcaster do “Vinte mil léguas” contou sobre seu processo criativo e enfatizou a dúvida frequente quanto à nomenclatura daquilo que produz.
Ela lembra que, para iniciar a produção do “Vinte mil léguas”, leu Darwin (“A origem das espécies”), junto com sua amiga Leda Cartum, que também é narradora do podcast. Ambas formadas em Letras, avaliaram que a obra era literária, um livro que podia ser lido como romance, como literatura.
Enxergaram, portanto, conexão instantânea entre ciência e livros. Comprovando que o universo científico se apresenta, a todo momento, diante dos nossos olhos, nos formatos mais simples e inusitados.
“Depois de publicar o podcast, a gente descobriu que tem um nome para aquilo que estávamos fazendo: divulgação científica”, revela a escritora.
Organizada anualmente, com entrada gratuita e livre para toda a comunidade, a Feira do Livro Editora UFPR conecta autores, editoras, livreiros e leitores, oferecendo obras acadêmicas e literárias a preços promocionais.
Em 2024, também contou com uma feira gastronômica e de artesanato, e, além da edição presencial, versão on-line, entre 6 e 8 de setembro, com descontos de até 50%, direto no site das editoras, livrarias e representantes.