Por: Giselle Corrêa
Fotos: Giselle Corrêa
Edição Maíra Gioia
Elo foi iniciado com a visita da professora Maria Ataide Malcher, que é pesquisadora-produtividade do CNPq
A rede de pesquisa Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Paraná Faz Ciência recebeu entre os dias 16 e 18/09 a visita da pesquisadora-produtividade do CNPq, também associada à Universidade Federal do Pará (UFPA), professora Maria Ataide Malcher. A aproximação faz parte do projeto para a consolidação de um eixo norte-sul de popularização científica. Malcher está lotada no Núcleo de Inovação e Tecnologias Aplicadas a Ensino e Extensão (NITAE), unidade na qual atua como coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Experimentação em Multimídia, além de ser docente permanente do Programa de Pós-Graduação Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior (PPGCMES) e no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM).
O articulador do NAPI Paraná Faz Ciência, professor Rodrigo Reis, destacou o interesse de estreitar os esforços em prol da popularização e comunicação pública da ciência.
“Para nós, ter a possibilidade de contar com ela aqui, dialogando sobre os projetos de divulgação e de popularização da ciência se coloca como uma construção de parceria a longo prazo, de um trabalho colaborativo entre o que a gente está desenvolvendo aqui no Paraná Faz Ciência, com as ações que a Maria Ataíde desenvolve, seja na parte de áudiovisual, seja de comunicação pública. Poder ter essa possibilidade de tê-la conosco, participar das nossas discussões e participar da organização, da produção e da avaliação do trabalho do Paraná Faz Ciência, muito nos alegra”, afirmou.
Maria Ataide foi uma das palestrantes no evento de extensão do NAPI Paraná Faz Ciência – “Pesquisa, Extensão e Divulgação Científica: reflexões sobre mudanças, continuidade e novas perspectivas” – e realizou visitas para conhecer a rede de pesquisa, que tem como um dos objetivos criar ambientes onde os paranaenses possam se envolver com a ciência e a tecnologia, aproximando esses temas do cotidiano. Além disso, o NAPI Paraná Faz Ciência busca fomentar a extensão, a ciência cidadã e a divulgação do conhecimento científico.
A professora também conheceu o Museu de Ciências Naturais da UFPR, o projeto de revitalização do local e teve a oportunidade de conversar com os novos bolsistas. No dia seguinte, realizou uma visita no Parque da Ciência Newton Freire Maia, mediada pelo diretor da unidade, professor Anísio Lasievicz. Em seguida, foi hora de conhecer o Setor de Artes, Comunicação e Design (Sacod) da UFPR. Maria Ataide foi recepcionada pela diretora do Sacod, professora Regiane Ribeiro, que a levou para uma visita ao campus Juvevê, incluindo a Agência Escola UFPR, a TV UFPR e a reserva técnica do Museu de Arqueologia e Etnologia.
“A troca de conhecimento e a ampla possibilidade de compartilhar as experiências, tanto na área da divulgação científica e popularização da ciência, mas também na área de gestão, e mostrar um pouco do projeto da Agência Escola na perspectiva de uma ciência e de uma comunicação mais cidadã, menos hierárquica, foi especial demais, porque se abre também a oportunidade de ouvir outras experiências. A professora Maria Ataide tem esse vasto repertório não só na atuação profissional, mas também nas pesquisas”, disse Regiane Ribeiro.
Na palestra intitulada “Conversa em três atos”, Maria Ataide falou da importância da extensão no processo de constituição do ofício de professor universitário, tendo o ensino, a pesquisa e a extensão como “sustentação natural da Universidade”. Ela aproveitou para fazer uma reflexão sobre a comunicação na ciência “que também envolve as relações entre os participantes de nossas pesquisas, com públicos de interesse e outros públicos mais amplos”.
“Assim, comprometer-se com o outro, seja ele um outro específico ou o outro social. Esse comprometimento exige a promoção de um trabalho acadêmico coletivo, o diálogo para as respostas que os problemas sociais precisam, e a postura que postura que se exige de nós pesquisadores, agentes sociais, seres comunicativos”, afirmou.
Ao finalizar a visita, a professora Ataide projetou um fortalecimento das ações entre a UFPA e a UFPR.
“Ter esse contato, ver essas diferentes gerações, não estágios de idade, mas estágios de formação, poder estar juntos, é muito rico e é um grande diferencial do trabalho. A gente precisa fortalecer essas boas iniciativas. A gente precisa fortalecer para que elas realmente se tornem iniciativas que vão realmente acontecer. Por quê? Porque isso faz com que a gente tenha expectativa, a gente tenha esperança”, disse.