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Ônibus adaptado se transforma em ferramenta educacional contra a dengue

 

Por Alana Morzelli
Foto: Giovani Pereira Sella
EDIÇÃO: Maíra Gioia

 

Projeto ZikaBus da UFPR já orientou 8,3 mil pessoas em Curitiba, região metropolitana e litoral paranaense   

 

O primeiro semestre de 2024 ainda não terminou e o Paraná contabiliza quase 40 mil casos dengue, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Para reduzir esses números alarmantes, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) criou o ZikaBus, um micro-ônibus adaptado com televisões e materiais didáticos e banners educativos. Trata-se de um projeto de extensão iniciado em 2022 que faz parte do LabMóvel. O veículo realiza visitas a escolas de Curitiba, da região metropolitana e do litoral paranaense, com o objetivo de orientar as crianças sobre os cuidados necessários para prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, e alcançou mais de 8,3 mil pessoas. 

De acordo com os pesquisadores que participam da iniciativa, em Curitiba, os principais focos da dengue se desenvolvem em áreas poluídas, com dejetos como pneus e tampas expostos. No litoral, casas desocupadas e sem manutenção se tornam viveiros para os ovos do inseto.  Atualmente, o ZikaBus conta com nove participantes, entre eles sete graduandos e dois recém-formados, que realizam a administração. O projeto observa as diferentes circunstâncias que favorecem a reprodução do mosquito, ensinando as crianças onde está o perigo. Esses fatores são levados em consideração para o planejamento de cada encontro, visando proporcionar às crianças de cada faixa etária novos conhecimentos para a construção de uma comunidade integrada e consciente sobre a prevenção da dengue.

 

“Nossa missão é dialogar com o lugar que estamos”, explica a bióloga Daniela Hostin, bolsista do projeto. 

 

As atividades são realizadas dentro e fora do ônibus e reúne amostras de todas as fases do mosquito, maquetes, livros ilustrativos, materiais audiovisuais e banners que explicam os sintomas e as diferenças entre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A proposta é trazer para o ambiente escolar a metodologia dialógica—baseada no convívio em grupo, no diálogo e no respeito às culturas e aos conhecimentos dos indivíduos—e a ciência cidadã. 

 

 

As visitas às escolas em regiões mais afetadas pela doença são de extrema importância para informar os alunos, como explica a diretora da Escola Municipal Coronel Durival Brito, Rosiclere Araújo, que acionou o projeto.

 

“A gente viu a oportunidade de trazer esse conhecimento para mais perto, para eles conhecerem como o mosquito evolui, como ele se reproduz na nossa comunidade”, afirma. 

As visitas às escolas são priorizadas com base no nível de risco das regiões, analisado a partir de dados fornecidos pela prefeitura. No litoral, as regiões mais afetadas são: 

  • Paranaguá
  • Morretes
  • Matinhos 

  Em Curitiba, os bairros mais afetados são: 

  •  Tatuquara
  •  Cajuru
  •  Cidade Industrial de Curitiba

      O ZikaBus já esteve em 14 escolas entre os municípios de Curitiba, Campo Largo, Araucária, Pinhais, São José dos Pinhais, Paranaguá, Matinhos, Antonina e Pontal do Paraná.  Além das visitas, o ônibus participa de diversos eventos e já teve a oportunidade de contribuir na educação ambiental em outros estados, além do Paraná, como Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Pomerode (SC).  

 

Como chamar o ZikaBus para a sua escola 

 

O agendamento para as escolas é feito através de um formulário disponível no site do LabMóvel, na aba “ZikaBus Agendamento“. As visitas possuem três formatos: 

  • Visita Longa: duração de 2 horas, com capacidade para 60 pessoas. 
  • Visita Curta: duração de 45 minutos, com capacidade para 30 pessoas. 
  • Visitas de Evento: duração de 20 minutos, com capacidade para 20 pessoas. 

Os únicos critérios para se inscrever são: ter uma tomada de 220 volts acessível, um local para estacionar o ônibus e a disponibilidade de dois a três professores para acompanhar o encontro. Adaptações podem ser feitas para atender a todas as escolas que necessitem. 

 

  

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A Agência Escola UFPR, a AE, é um projeto criado pelo Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD) para conectar ciência e sociedade. Desde 2018, possui uma equipe multidisciplinar de diversas áreas, cursos e programas que colocam em prática a divulgação científica. Para apresentar aos nossos públicos as pesquisas da UFPR, produzimos conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, podcasts, audiovisuais, eventos e muito mais.

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