História detalha respostas imunológicas e a função específica de cada agente até que o vírus seja neutralizado e expelido pelo organismo #AgenciaEscolaUFPR
Edição: Chirlei Kohls
Uma história em quadrinhos (HQ) do projeto extensionista “Coronavírus – Chega de Fake News”, do curso de Medicina do Campus Toledo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ficou em segundo lugar no concurso “Micróbios em Tirinhas”, do Museu de Microbiologia do Instituto Butantan, em São Paulo. A tirinha “A Saga do COVID no corpo humano” foi divulgada pelas redes sociais do Museu nesta semana – clique aqui e leia a HQ completa.
Colorida, didática, com traços cômicos típicos da HQ e linguagem acessível, a história elaborada pelo projeto da UFPR tem 13 páginas detalhando como o coronavírus se comporta dentro do corpo humano, além das respostas imunológicas e a função específica de cada agente até que o vírus seja neutralizado e expelido pelo organismo.
O projeto é coordenado pela professora Kádima Nayara Teixeira, em colaboração da professora Jéssica Ruths, o intérprete de libras Thiago Mazzarollo e 14 estudantes do curso de Medicina. O Museu de Microbiologia do Instituto Butantan escolheu as 10 melhores tirinhas, premiando as três primeiras colocadas. O prêmio obtido pelo projeto do Campus Toledo da UFPR foi um kit de teste de microrganismos.
“Ver as fake news sobre o novo coronavírus e a pandemia causando caos, pânico e histeria na população, logo no início, me incomodava bastante”, afirma a coordenadora do projeto, Kádima Nayara Teixeira. Ela explica que o projeto ainda está em andamento e tem três fases. “A elaboração de cards ilustrativos sobre como o vírus infecta as pessoas; tirinhas que mostram como o sistema imunológico nos defende do vírus e por fim um vídeo desenhado e narrado em tempo real sobre os cuidados de prevenção à doença”, detalha.
A professora relata que ao tomar conhecimento do concurso do Instituto Butantan percebeu que havia uma sintonia de objetivos e decidiu realizar a inscrição. “É uma oportunidade para expor ações educativas e atingir uma das metas da nossa extensão: divulgar informações sobre o coronavírus, baseadas em conhecimento científico, com linguagem simples e ilustrativa, para o maior número de pessoas possível”, acrescenta.
Conhecimento científico
acessível à população
A estudante do quinto ano do curso Brenda Malucelli Rocha, de 20 anos, foi uma das integrantes da equipe que ajudou o projeto na conquista do segundo lugar com habilidades artísticas e conhecimento acadêmico. “Sempre gostei de desenhar, mas não tinha experiência com o estilo de HQ e menos ainda com arte digital. Tive que aprender do zero e foi bastante gratificante ver o resultado final. Pude participar da criação de um modo de fornecer conhecimento científico de um jeito simples para a população. Foi incrível proporcionar essa vitória aos colegas e professores envolvidos na criação do projeto, bem como agregar à UFPR Toledo”, pontua.
No segundo ano de Medicina, Lucas Augusto Marcon, de 21 anos, atuou na elaboração dos esboços dos quadrinhos, bem como na digitalização e na arte final da tirinha, e o sentimento após o concurso é de dever cumprido. “Quando criamos um projeto desse, que envolve tantas coisas a serem criadas e adaptadas, surge o medo de não conseguir ser claro na proposta ou de não conseguir conquistar quem lê. Ter ficado em segundo no concurso do Museu de Microbiologia dá um recado tranquilizador para nós. É o sinal de que o projeto tem tudo para cumprir com seu objetivo. É muito satisfatório”, conclui.
Além de Brenda e Lucas, os demais alunos de Medicina que integram o projeto “Coronavírus – Chega de Fake News” são Angélica de Fátima Marcussi, Bruna Fernandes, Bruna Spironello Anshau, Camilla Scott Moreira, Éirky Fernandes Silva, Felipe Ferreira dos Santos, Ghabriel Luiz Bellotto, Juliana Yukari Oshiro, Juliane Toffoli da Silva, Luan Gabriel Pinto, Marco André Reis Pinheiro e Mônica Patrícia de Souza.