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Clubes de Ciência são a aposta para a transformação da educação paranaense

Por Priscila Murr e Alana Morzelli

Fotos: Fundação Araucária 

Supervisão: Maíra Gioia 

 

Trabalho colaborativo busca criar uma cultura científica desde os primeiros anos de estudos a partir do protagonismo dos acadêmicos

 

Albert Einstein, Isaac Newton, Galileu Galilei, Charles Darwin, Arquimedes, Pitágoras, Louis Pasteur… esses são alguns dos nomes que, se a gente puxar na memória, aparecem como lembranças dos tempos de colégio. Porque durante os ensinos fundamental e médio no Brasil, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os jovens têm contato com o universo científico a partir das descobertas aplicadas às áreas do conhecimento estudadas.

Mas… exatamente nesse período surgem aquelas indagações sobre a utilidade efetiva do conteúdo aprendido. Afinal, em que momento da vida se utilizam o “Teorema de Pitágoras” ou a “Fórmula de Bhaskara” no dia a dia? Eis que num “Eureka!”: o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Paraná Faz Ciência propõe a criação de Clubes de Ciência, para mostrar que aquilo que se aprende em sala de aula tem conexão direta com o mundo ao redor. A iniciativa é uma cooperação entre a Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED/PR, a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA) e Universidades Públicas do Estado do Paraná.

O objetivo central do projeto é aproximar os estudantes do contexto científico e tecnológico, oferecendo, às crianças e aos adolescentes, um novo olhar sobre o mundo, a fim de despertar sua curiosidade pelo universo da ciência. De acordo com um dos membros do Napi, e também professor na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rodrigo Reis, a ideia é promover uma grande conexão, dando apoio às escolas e às universidades, para o desenvolvimento das ações dos Clubes de Ciências.

 

“A gente vai ofertar cursos de formação continuada aos professores, vai colocar bolsistas pra fazer o apoio às universidades e essa articulação com os Clubes de Ciências, vai promover a gestão e a governança desses eventos de clubes e realizar os eventos integradores. Então, o Napi Paraná Faz Ciência vai ser o grande articulador das ações dos Clubes de Ciências”, detalha.

 

Foto: Fundação Araucária

 

O projeto oportuniza a conexão entre os cientistas das universidades paranaenses e os estudantes das escolas de educação básica da rede estadual de ensino do Paraná, com projeto-piloto que prevê a implementação de 200 Clubes Paraná Faz Ciência ainda em 2024.

 

“Buscamos que essa iniciativa impacte os estudantes pelo fazer ciência desde o início da sua carreira na escola. Então, a ideia é que eles possam ter contato com a metodologia científica, possam entender o processo do fazer ciência, as diferentes realidades, diferentes estratégias de produção de ciência e tecnologia, vivenciando isso no ambiente escolar, a partir de projetos de pesquisa que digam respeito àquela comunidade, àquele local onde estão inseridos”, argumenta Reis.

 

Essa interação beneficia ambas as partes: além de fazer com que o estudante enxergue a possibilidade de ser um cientista de fato, é por meio dessa dinâmica que se incentiva o protagonismo dos acadêmicos, e, ao mesmo tempo, o aprimoramento das práticas docentes. Consolidando a prática por meio da formação pessoal e social dos participantes, com vistas aos princípios da sustentabilidade e do bem comum, tais espaços de trabalho colaborativo amplificam a cultura científica, habilitando todos como protagonistas para o amplo desenvolvimento da cidadania.

 

“A ideia é fazer mesmo esse movimento de aproximação, de fortalecimento do que a gente chama de uma ‘cultura científica’ no Brasil, tendo, desde o início, a produção de ciência pelos mais novos e que a ciência faça parte do cotidiano, do dia a dia das pessoas e das famílias. Mas também tem um outro processo que é o de ampliar o interesse dos jovens pelas carreiras científicas”, assegura o professor.

 

A partir da aplicação científica dos conceitos apresentados em sala de aula, o estímulo à curiosidade fomenta o entusiasmo pelo ingresso no Ensino Superior. E mais do que isso: ambientes de interação como esses desmitificam a ideia de que aquilo que se aprende na escola fica somente nas pautas dos cadernos.

 

“Esse é um ponto que vem crescendo cada vez mais, mostrar que a ciência está ao alcance das pessoas. Porque os cientistas são pessoas comuns, mas com treinamento especial. E queremos demonstrar isso mesmo: qualquer pessoa pode ser cientista, desde que tenha o contato com essa ciência, com o fazer ciência desde cedo. Então, a ideia é que a gente possa trazer essa realidade da ciência para o maior número de pessoas”, finaliza o articulador do Napi.

 

Foto: Fundação Araucária

 

Consolidando a prática por meio da formação pessoal e social dos participantes, com vistas aos princípios da sustentabilidade e do bem comum, tais espaços de trabalho colaborativo amplificam a cultura científica, habilitando todos como protagonistas para o amplo desenvolvimento da cidadania.

No fim das contas, todos os envolvidos vão poder dar exemplos de aplicações práticas daquela teoria que sempre pareceu distante da realidade, mas que, com um aprofundamento acadêmico de forma surpreendente, vai aparentar tal qual um mergulho relaxante numa banheira e… Eureka!

 

Se você é gestor de uma escola estadual é quer fazer parte dessa iniciativa, acesse o edital de seleção de projetos e faça sua inscrição!

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Sobre a Agência Escola UFPR

A Agência Escola UFPR, a AE, é um projeto criado pelo Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD) para conectar ciência e sociedade. Desde 2018, possui uma equipe multidisciplinar de diversas áreas, cursos e programas que colocam em prática a divulgação científica. Para apresentar aos nossos públicos as pesquisas da UFPR, produzimos conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, podcasts, audiovisuais, eventos e muito mais.

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