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Saiba como os candidatos à prefeitura de Curitiba pretendem usar a ciência

 

Por Alice Lima e Camila Calaudiano

Fotos: Giovani Pereira (foto destaque) e reprodução YouTube 

Supervisão: Maíra Gioia

 

Agência Escola UFPR participou do debate promovido pelo Jornal Plural e questionou sobre o uso de evidências científicas na gestão pública 

 

A ciência permeou o debate entre os candidatos à prefeitura de Curitiba (PR) realizado pelo Jornal Plural no campus Botânico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Isso graças à participação da Agência Escola UFPR, uma das instituições parceiras. O evento teve o apoio da UFPR e da Ordem dos Advogados do Brasil. O confronto, que aconteceu na quinta-feira (12), contou com a presença de seis candidatos, teve espaço para perguntas da sociedade civil e foi patrocinado pela Escola Paranaense de Direito, pelo Sindicato de Engenheiros do Paraná (Senge-PR), pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba, pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina e pelo SinFisco Curitiba. O mediador foi o diretor do Jornal Plural, jornalista Rogerio Galindo. 

Segundo os organizadores, todos os candidatos à prefeitura da capital foram convidados, porém somente seis compareceram: Andrea Caldas (Psol), Cristina Graelm (PMB), Luizão Goulart (Solidariedade), Ney Leprevost (União Brasil), Roberto Requião (Mobiliza) e Samuel de Mattos (PSTU). Não compareceram: Eduardo Pimentel (PSD), Felipe Bombardelli (PCO), Luciano Ducci (PSB), Maria Victoria (PP).

Como instituição parceira, a Agência Escola UFPR priorizou a ciência como tema das perguntas. Os questionamentos foram feitos pela coordenadora geral da AE UFPR, professora Regiane Ribeiro, e pelos bolsistas e graduandos de Jornalismo Alana Morzelli e Rodrigo Matana. Eles questionaram sobre mudanças climáticas, negacionismo científico e diálogo com as universidades. Para acompanhar na íntegra, clique aqui.

 

Durante o evento, a AE UFPR questionou os candidatos que participaram sobre como pretendem utilizar a ciência, caso sejam eleitos. 

Saiba como os candidatos pretendem usar a ciência

Para manter a isonomia, as respostas estão em ordem alfabética:

Andrea Caldas:

“Hoje a gente verifica que há uma série de políticas públicas dentro da prefeitura que não tem planejamento e que não são usados os dados, portanto, é necessário um planejamento mais científico, como é o caso do déficit de vaga que a prefeitura descobriu que faltavam dez mil vagas em fevereiro. […] Usar os nossos especialistas [da UFPR] junto com os conselhos que a prefeitura já tem de área, para encontrar soluções por quem atua e quem pesquisa. Esse vai ser o eixo da nossa gestão”

 

Cristina Graelm:

“Tem muitas questões que abordam a ciência, mas na questão tecnologia a gente está prevendo pensar a Curitiba dos próximos 100 anos, que é algo que se fazia na Curitiba do passado e parou de ser feito. O curitibano hoje se ressente de novidades, de soluções urbanas, éramos inclusive, conhecidos por exportar para outras cidades e até outros países. Quando investimos em tecnologia, a gente permite que o que há de melhor em soluções urbanas seja apreciado pelo Poder Público Municipal”

 

Luizão Goulart:

“A gente tem que utilizar todo tipo de tecnologia e inovação para poder fazer uma gestão eficiente, começando pela administração pública, de maneira geral. A gente tem que usar o que tem de mais moderno, usar as pesquisas mais modernas, tanto na gestão de pessoal quanto no gerenciamento de outras áreas: urbanismo, meio ambiente, infraestrutura e proporcionar isso para os empreendedores”

 

Ney Leprevost:

“Eu sou um homem temente a Deus, mas sei separar minha fé das questões relacionadas à ciência. Hoje vemos em Curitiba, por parte da atual gestão, o negacionismo do aquecimento global. Eles tentaram cortar mais de 300 árvores na [rua] Arthur Bernardes, felizmente o movimento SOS Arthur Bernardes, com o apoio de outros parlamentares e com o meu apoio, se insurgiu contra isso e o Ministério Público conseguiu estancar essa atitude que vai na contramão da ciência e da história”

 

Roberto Requião: 

“A ciência tem que ser utilizada na vida, não só na gestão. A modernidade é isso, as técnicas modernas para evolução das questões urbanas. Eu sou planejador urbano, sou um cientista urbano, não sou um moleque disputando eleição como os que estão por aqui”  

(O candidato não quis estender a resposta)   

 

Samuel de Mattos:

“Nós queremos usar a ciência para melhorar a vida dos trabalhadores, não hoje que a ciência está colocada só com uma perspectiva de ter lucro. Nós queremos usar todo o desenvolvimento tecnológico, toda a ciência para melhorar a vida das pessoas. Desde os problemas mais básicos a investir fortemente, inclusive na prevenção da destruição ambiental. A gente quer usar a ciência com esse objetivo de melhorar a vida dos trabalhadores”

 

Acompanhe as perguntas feitas pela AE UFPR durante o debate:

 

 

 

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Sobre a Agência Escola UFPR

A Agência Escola UFPR, a AE, é um projeto criado pelo Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD) para conectar ciência e sociedade. Desde 2018, possui uma equipe multidisciplinar de diversas áreas, cursos e programas que colocam em prática a divulgação científica. Para apresentar aos nossos públicos as pesquisas da UFPR, produzimos conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, podcasts, audiovisuais, eventos e muito mais.

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