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A arte do extraordinário na UFPR: conheça as aulas do Cirthesis

Projeto propõe método pedagógico para o aprendizado do circo – das aulas de trapézio ao senso de comunidade

Por Bruna Alvares
Com colaboração de Gabriel Domingos e Priscila Muur
Fotos: Gabriel Domingos
Edição: Alice Lima

“Atenção, respeitável público, o espetáculo vai começar”: se você sempre se encantou com a magia do circo, que tal se aventurar nas aulas do Cirthesis e vivenciá-lo com uma perspectiva de artista?

Projeto de extensão do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fundado há 20 anos pelo professor Sérgio Abrahão, desde 2016 é coordenado pelo professor Bruno Tucunduva. As aulas são abertas a todas as pessoas e têm classes de trapézio, acrobacias e tecido acrobático para todos os níveis.

Com atividades lúdicas, o treino começa com a atividade cardiorrespiratória (conjunto que trabalha os sistemas cardiovascular e respiratório para fortalecê-los), seguido de exercícios para estimular a consciência corporal e, por fim, há a prática de habilidades circenses, como se balançar no trapézio, fazer piruetas, subir no tecido acrobático, entre as tantas outras possibilidades que as artes circenses expressam.

Professor Bruno Tucunduva coordena o projeto desde 2016

O projeto serviu de base para a formulação do método pedagógico em iniciação artística criado pelo professor Bruno, baseado no neologismo Circar e publicada na revista científica Repertório, além de outras publicações científicas sobre o tema.

Nele o professor destaca a lacuna existente no ensino de circo devido à visão segmentada com a qual é pensado, que dificulta a lógica artística-expressiva circense. Com o aprendizado em conjunto é possível atingir os quatro pilares da composição estética do circo:

  • O risco

  • O sublime

  • O grotesco

  • O cômico

Além do que parece possível

O professor Bruno defende que as aulas “vão dar condições de ir além do que você acha que é capaz de fazer. É uma jornada de consciência de si, você passa a ter um novo nível de capacidade, tanto por esforço e atitude quanto corporalmente, fisicamente e motoramente, a partir da sua habilidade”.

Esse senso forte de comunidade abarca todos os participantes, de monitores a alunos, como Lissandra Rocha, estudante de Biomedicina, que há dois meses começou a fazer parte do projeto para se divertir e aprender. Ela conta que apesar da alta rotatividade de pessoas, como os exercícios são em duplas ou grupos, todos se conectam facilmente.

“Estou aprendendo a ter consciência corporal, do que podemos fazer, o que não podemos, ver nossas limitações e respeitá-las, é muito um processo no qual vamos crescendo. No começo não conseguimos fazer nada e depois estamos fazendo tudo.”

Para Beatriz Spisila, aluna do 3º ano da graduação em Educação Física e professora da turma de sábado do Cirthesis, é possível ver bastante conteúdo das aulas do seu curso no projeto.

“Principalmente no que se refere ao corpo, aos processos fisiológicos, aos métodos de treinamento, tipos de série, as intensidades. Aplicamos tudo aqui e há coisas no projeto que não vemos na graduação, como a forma de tratar os alunos e a dinâmica de aula, por exemplo. Aprendemos a fazer planejamento de aula, mas esse senso de comunidade só aprendemos na extensão”.

Davi Silva, aluno da graduação em Educação Física e monitor do projeto, tem a mesma ideia. Ele conta que está aprendendo sobre consciência corporal, docência e ainda consegue visualizar as aulas de rítmica que recebe do professor Bruno.

 

Confira a vista da AE ao Cirthesis

Para participar

Para participar, é só enviar uma mensagem para o Instagram do @Cirthesis e pagar a mensalidade de 120 reais – o valor é direcionado à manutenção e outros custos do projeto, que é aberto ao público.

Monitores e professores ministram as aulas, que ocorrem às segundas e quartas-feiras, das 13h30 às 15h e das 18h às 19h30, às terças e quintas-feiras, das 18h às 19h30, e aos sábados, das 10h às 12h.

Os encontros acontecem no Departamento de Fisioterapia, no campus Botânico da UFPR, e as aulas de trapézio são no Departamento de Educação Física, campus Politécnico.

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Sobre a Agência Escola UFPR

A Agência Escola UFPR, a AE, é um projeto criado pelo Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD) para conectar ciência e sociedade. Desde 2018, possui uma equipe multidisciplinar de diversas áreas, cursos e programas que colocam em prática a divulgação científica. Para apresentar aos nossos públicos as pesquisas da UFPR, produzimos conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, podcasts, audiovisuais, eventos e muito mais.

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