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Comemorações pelo Dia Mundial dos Oceanos reforçam a importância do trabalho científico em rede

Iniciativa da Rede Coalizão Paraná pela Década do Oceano promove evento com foco na valorização de uma cultura de preservação do oceano

 

Por Priscila Murr

Fotos: LEC/UFPR 

Parceria AE UFPR e Rede Coalização Paraná pela Década do Oceano

 

Você sabia que 97% da água de todo o planeta está nos oceanos? Eles produzem mais de 50% de todo o oxigênio que nós respiramos, são a base da vida. Por isso, 8 de junho marca a comemoração pelo Dia Mundial dos Oceanos. E, para celebrar em grande estilo, a Rede Coalizão Paraná pela Década do Oceano, promove, entre 3 e 15 de junho, uma série de ações para reforçar o compromisso coletivo com a ciência, a cultura e a valorização do oceano, compondo o movimento O Oceano em Nós – Junho Azul Paraná. 

Foto: LEC/UFPR

Com ações distribuídas em três eixos estratégicos: ‘sensibilização pública’, ‘educação oceânica’ e ‘políticas públicas ambientais’, a iniciativa, coordenada pelo Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC/UFPR), conta com uma programação que envolve diferentes espaços da UFPR, tanto em Curitiba quanto no Litoral, incluindo movimentos artístico-culturais, exposição interativa, ações educativas e lançamento de políticas públicas.

Segundo a coordenadora do LEC, Camila Domit, esse evento reflete um trabalho que já vem sendo feito desde 2021.

 

Nós estamos trabalhando juntos pela década da ciência oceânica para o desenvolvimento sustentável, uma iniciativa global proposta pela Unesco, para que possamos conhecer mais o oceano, a sua biodiversidade, os seus serviços ecossistêmicos, entender como o oceano influencia nosso modo de vida, nossas matrizes econômicas, o clima, e também compreender como que nós estamos influenciando o oceano, qual é o retorno que nós temos dado a esse ecossistema que garante, inclusive, a nossa sobrevivência”, afirma.

 

Foto: LEC/UFPR

 

A cientista fala, ainda, da importância do trabalho das redes científicas como a única forma de efetivarmos “a escuta de diferentes pessoas, com diferentes sonhos,demandas, realidades, interações com o oceano, relações com esse ecossistema, e que também fazem escolhas diferentes no seu dia a dia, ou seja, que afetam o oceano de maneiras diferentes”. “Então, só trabalhando em rede a gente vai conseguir diagnosticar melhor os problemas e buscar soluções que sejam mais efetivas e de longo prazo. Não há outro caminho que não seja atuarmos, trabalharmos assim, porque já vivemos em rede”, garante.

Da mesma maneira, relacionando preservação, conservação e até recuperação de áreas degradadas, costeiras, numa lógica de rede, o coordenador-geral do Laboratório de Geoprocessamentos e Estudos Ambientais (Lageamb), Eduardo Vedor de Paula, aponta que uma agenda de preservação dos oceanos não deve considerar fronteiras.

 

Precisa ser uma agenda internacional. E as redes científicas trabalham justamente nesta perspectiva, no pensamento de soluções para os problemas regionais, mas que tenham um potencial de impacto global”, diz.

 

Ilha da Banana em Paranaguá. Foto: LEC/UFPR

 

Estabelecendo esse diálogo, o evento é integrado, também, pela reitoria da UFPR, pelas direções do Setor Litoral, do Campus Pontal do Paraná/CEM, do Setor de Artes, Comunicação e Design, pelo Sacode e Movimenta – Encontros Culturais UFPR, pela Agência Escola UFPR, pelo Programa de Educação Ambiental MarMaré, pela Rede de Cultura Oceânica na Educação do Paraná (RECOE) e pela Associação MarBrasil. Além disso, escolas, coletivos e comunidades do litoral paranaense somam esforços nesta grande onda oceânica e convidam todas as pessoas a integrarem esta ação.

Com destaque para a valorização da popularização da ciência, a coordenadora da Agência Escola (AE) UFPR, Regiane Ribeiro, garante:

 

A divulgação científica é uma ponte entre a ciência e as pessoas — e esse é justamente o propósito da AE. Quando contamos histórias de forma sensível, conseguimos engajar públicos estratégicos, como jovens, educadores e comunidades, especialmente em temas urgentes como a cultura oceânica. É assim que o conhecimento ganha vida e tem o poder de transformar“.

 

Foto: LEC/UFPR

Portanto, o objetivo do movimento “O Oceano em Nós” é a sensibilização da sociedade sobre a urgência de cuidar e valorizar o oceano. Com educação, arte, ciência e diálogo, o engajamento público é ampliado e, conforme a coordenadora ambiental do Programa de Educação Ambiental MarMaré, Kamila Maier, “trabalhar em rede é uma forma muito poderosa de somar ações em prol da preservação dos oceanos”.

Ela destaca que, quando unidos, temos melhores resultados: “a gente consegue outras experiências de diferentes pontos de vista. Essa cooperação entre várias áreas acelera nossas descobertas, fortalece as nossas capacidades, e, com tudo isso, essa comunicação ajuda a sensibilizar mais pessoas sobre a importância da educação ambiental e da cultura oceânica”.

Para conferir a programação completa de exposições, filmes, palestras, intervenções, rodas de conversa, entre outros, acesse este link!





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Sobre a Agência Escola UFPR

A Agência Escola UFPR, a AE, é um projeto criado pelo Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD) para conectar ciência e sociedade. Desde 2018, possui uma equipe multidisciplinar de diversas áreas, cursos e programas que colocam em prática a divulgação científica. Para apresentar aos nossos públicos as pesquisas da UFPR, produzimos conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, podcasts, audiovisuais, eventos e muito mais.

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