Por Arthur Lira
Edição: Alice Lima
Foto destaque: Jardel Rodrigues/SBPC)
O tema mudanças climáticas esteve por toda a 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Curitiba em julho, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foram mais de 10 palestras sobre o tema com pesquisadores renomados como Paulo Artaxo (SBPC/USP), Carlos Alfonso Nobre (USP), Rita de Cássia Mesquita (MMA), Adalberto Luís Val (INPA), Ima Célia Guimarães Vieira (MPEG), Francisco de Assis Mendonça (UFPR/NAPI-EC) e Maria Inês Gasparetto Higuchi (INPA).
A sessão especial “Debates para a 5ª CNCTI: Amazônia Sustentável” foi um dos destaques do evento. Na conferência, foram colocados temas como a preocupação com a ocupação e destruição da Amazônia, os desafios para impedir essas ações e a proposta para um ecossistema de inovação em bioeconomia para a Amazônia.
Na mesma linha, a conferência “Mudanças Climáticas Globais: Desafios e Perspectivas“, buscou identificar o gargalo produzido pelo sistema produtivo vigente e que ocasiona no aumento da temperatura do planeta. “Nós estamos em uma época absolutamente crítica do ponto de vista das mudanças climáticas”, explicou Paulo Artaxo, físico, professor da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador pioneiro nos estudos do clima da Amazônia, que há mais de 25 anos contribui para a construção de uma sociedade sustentável.
Para refletir sobre a educação ambiental, a mesa-redonda “Promoção dos Ods nas Escolas: Desafios Para Uma Prática Sustentável” instigou todos os presentes a debater a questão ambiental no ambiente educacional.
“Já há uma série de projetos, aqui eu destaco um da imprensa de Minas, que traz ao debate justamente uma matéria sobre o engajamento dos jovens na defesa desse planeta, porque são eles, as crianças e as futuras gerações, que vão herdar esse planeta. Então que planeta a gente vai deixar e que planeta eles querem viver?”, indagou Claudia Marcia Lyra Pato (UNB).
Economia, meio ambiente e Amazônia
A sustentabilidade também se uniu a outros temas além da educação: com a união entre economia, inovação e sustentabilidade, a conferência “Mudanças Climáticas e Descarbonização da Economia” discutiu emissões de gases de efeito estufa, transição energética, papel dos países nessas mudanças e o Brasil no processo de buscar energias renováveis.
“A transição energética é fundamental e envolve mudanças do atual padrão de produção e consumo de fontes não renováveis para fontes mais sustentáveis. É necessário reduzir a dependência de combustíveis fósseis, a emissão de gases de efeito estufa e aumentar a inovação em pesquisas de energia limpa,” conclui Matilde de Souza.
O evento também contou com uma programação especial relacionada à Amazônia com as palestras “Povos e Comunidades Tradicionais e sua relação com uma sociedade mais justa, sustentável e inclusiva”; “Conhecemos a Floresta Amazônica?” e “A Amazônia próxima de um ponto de não retorno: por que é necessária uma economia de floresta em pé?”.