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Ida ao mercado, caminhada e imunidade: cientistas da UFPR respondem novas perguntas da sociedade sobre coronavírus

Confira perguntas e respostas sobre prevenção, contaminação, atendimento e recuperação #AgenciaEscolaUFPR

Por Chirlei Kohls

Cuidados na ida ao mercado, possibilidades de caminhar nas ruas, aumento da imunidade durante isolamento social e confecção de máscaras foram algumas das dúvidas enviadas para a campanha “Pergunte aos Cientistas” nesta semana. As perguntas da sociedade sobre coronavírus foram respondidas pelas cientistas Cristina Jark Stern, Maria Fernanda Werner, Juliana Geremias Chichorro, Janaina Menezes Zanoveli, Maíra Valle e Alexandra Acco, do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Também participou o presidente da comissão criada na UFPR para o enfrentamento e prevenção da doença Covid-19, Emanuel Maltempi de Souza, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular.

A população pode continuar enviando dúvidas para a campanha “Pergunte aos cientistas”, da Agência Escola de Comunicação Pública e Divulgação Científica e Cultural da UFPR. Para participar, basta enviar a pergunta ao e-mail agenciaescolaufpr@gmail.com ou no direct do perfil @agenciaescolaufpr no Instagram, com nome completo, idade, profissão e cidade onde reside.

Sobre cuidados para prevenção

“Se eu precisar sair do isolamento para comprar comida para os meus pais que moram em outra residência, quais cuidados devo tomar no mercado?” (Priscila Pugsley Grahl, 42 anos, estudante, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Olá, Priscila! O correto é evitar sair de casa sempre que possível. Você pode fazer compras online e pedir entrega na casa dos seus pais. Aqui em Curitiba há muitos mercados que fazem entrega online. Para compras na farmácia, dizemos o mesmo. Quando não for possível fazer compras online, alguns pontos precisam ser levados em consideração:
– Antes de sair de casa, pense bem: tem algum sintoma? Se tiver qualquer sintoma, não saia.
– Planeje bem a sua ida ao supermercado e vá sozinha. Gaste o menos tempo possível. Portanto, vá com sua lista de compras.
– Como vai sair de casa sem sintomas, não precisa de máscara. As máscaras são para quem tem sintomas.
Quando já está no supermercado:
1. Limpe o carrinho com álcool gel antes de tocá-lo. Muitos mercados já estão deixando o álcool gel na entrada para seus clientes.
2. Tente não usar dinheiro em espécie para pagar, uma vez que é um grande transmissor de microrganismos.
3. Não toque no seu rosto desde que saiu de casa até o momento do retorno, quando irá lavar as mãos com sabão e passar álcool gel.
4. Afaste-se das pessoas. Mantenha uma distância de pelo menos 1,5 metro da pessoa que está à sua frente.
5. Evite tocar nos alimentos diretamente. Se possível, leve suas próprias sacolas. Você pode usar a própria sacola para tocar nos alimentos.
6. Ao voltar para casa, lave bem as mãos, tome banho e troque de roupa. A roupa pode ser lavada normalmente.
7. Em casa (se for na residência de seus pais, deixe as compras na porta para seguirem as próximas indicações), limpe bem a sacola com álcool antes de tirar os alimentos. Na sequência, lave bem as mãos com água e sabão, evitando sempre o contato no rosto e mucosas. Os alimentos devem ser colocados numa superfície limpa e desinfetada, para depois lavá-los adequadamente antes de cozinhar. Se a compra for online, siga essas dicas também.

“Gostaria de saber se existe algum tecido que ofereça proteção equivalente à máscara, pois as pessoas poderiam confeccionar suas próprias máscaras já que estão em falta no mercado” (Cynthia Faria, 46 anos, estudante, Matinhos-PR)
Cientistas UFPR – Cynthia, em primeiro lugar, é importante salientar que não é recomendado o uso de máscara para se proteger. A máscara é recomendada para médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde (em geral junto à proteção facial transparente) e para quem tem quadro gripal, nesse caso para não transmitir doença para outras pessoas. Se você for usar a máscara facial, a recomendada é a chamada N95, que filtra partículas de até 0,3 micrometros e se adapta bem à face. Também é necessário conhecer a técnica correta para uso das máscaras. Por exemplo, o material precisa seguir perfeitamente os contornos do rosto para impedir que gotículas cheguem ao nariz e boca pelas frestas. As máscaras caseiras não teriam essas características, e os materiais utilizados na indústria não estão disponíveis. Portanto, não é possível fabricação caseira de máscaras adequadas. Além disso, é impossível testá-las.

“Minha dúvida é sobre andar a pé. Moro em uma casa e numa região de Curitiba que tem poucos prédios. As ruas são bastante vazias em geral. Posso sair, caminhar sem me aproximar de ninguém, nem cumprimentar ou pegar em qualquer coisa, e voltar pra casa?” (Emerson de Castro Firmo da Silva, 56 anos, professor, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Olá, Emerson! Você não está proibido de fazer isto, desde que vá sozinho, não tenha nenhum dos sintomas e que não haja aglomeração. O correto é sempre evitar sair de casa. Se a intenção é fazer exercício, uma boa alternativa é fazer em casa. Na internet você encontra vários vídeos de exercícios para serem feitos em casa. Agora, se sua necessidade de sair de casa uma vez ao dia é para sentir o sol e a brisa for muito grande, não se esqueça da limpeza das mãos com água e sabão quando entrar em casa, lembrando da maçaneta da porta também. Algo importante é deixar os sapatos de rua fora de casa, tomar banho e trocar de roupa. Toda medida de prevenção é importante nesse momento.

“Como faço para aumentar minha imunidade durante o isolamento social?” (Mirian Rahn, 35 anos, assistente de faturamento, Pomerode-SC)
Cientistas UFPR – Olá, Mirian! Para aumentar a imunidade você deve seguir as recomendações de uma vida saudável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a realização de atividades físicas, que nesse momento de distanciamento social com isolamento domiciliar podem ser feitas dentro de casa mesmo. Ou caminhadas nas ruas desde que sozinha e sem aglomerações (mantenha distância de 1,5 metro pelo menos das pessoas e nenhum contato físico), se você não pertencer ao grupo de risco. É recomendada a realização de 30 minutos diários. Em casa você pode fazer exercícios de agachamento com o uso de cadeiras, levantando-se e sentando-se; escadas podem ser utilizadas para uma atividade mais aeróbica; você fazer polichinelos, pular cordas etc. – enfim, essas são algumas dicas de especialistas. A realização da atividade física também é importante no combate à ansiedade, que tem afetado muitas pessoas no isolamento. Uma alimentação baseada no maior consumo de frutas e vegetais e menor consumo de alimentos gordurosos e processados também é importante para uma vida saudável. Recomenda-se consumo de cinco porções de aproximadamente 80 gramas de frutas e vegetais frescos por dia. Mas lembre-se: não existe nada que melhore a imunidade especificamente contra a Covid-19. Por isso, nesse momento é tão importante ficarmos em casa para evitar o contato com o vírus.

“Ir visitar amigos que também não saem de casa é errado? Isso rompe a quarentena?” (Felipe Dalla Pria Leme, 19 anos, estudante, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – No momento nenhuma região do país está em quarentena. No entanto, está recomendado que todos façam um distanciamento social para minimizar a propagação do vírus. Recomenda-se que as saídas de casa sejam apenas para atividades essenciais (farmácia, mercado, hospital). As visitas a amigos e familiares neste momento não são recomendadas, porque existe um grupo de pessoas que não apresentam sintomas (assintomáticas), mas que podem estar contaminadas e transmitir a doença.

“Meu marido e filho, de 21 anos, são asmáticos. O que faço para protegê-los? Outra dúvida: a vacina pneumocócica 23 nestes casos ajuda?” (Lucilene Ozilio, 46 anos, artesã, Araucária-PR)
Cientistas UFPR – Lucilene, como a Covid-19 causa pneumonia severa, os asmáticos estão no grupo de risco. A melhor maneira de protegê-los continua sendo permanecer em isolamento: “Fique em casa“. Já a vacina pneumocócica é eficaz em proteger o indivíduo contra pneumonias causadas por bactérias. Portanto, não é eficaz em proteger as pessoas contra a infecção pelo coronavírus, mas pode impedir uma infecção secundária pela bactéria após uma infecção viral.

“Uma familiar está trabalhando e, quando for liberada, ficará em isolamento com os pais, que pertencem ao grupo de risco e já se encontram em isolamento. Quantos dias ela precisará ficar sozinha para não correr risco de contaminar os pais, caso ela esteja contaminada e não sabe?” (Sabrina Mara Tristão, 34 anos, autônoma, Pirassununga-SP)
Cientistas UFPR – Olá, Sabrina. Esperamos que esteja bem! Até agora acredita-se que o vírus possa ter um período de incubação de até 14 dias. A ciência ainda não tem todas as respostas sobre este vírus, pois ele é muito recente. Entretanto, sabemos que o tempo médio de manifestação é de cinco dias, mas pode variar de pessoa para pessoa. Assim, o ideal é que a pessoa evite o contato por duas semanas, não abrace, ou toque os pais, separe seus talheres, prato e copo e, se possível, durma sozinha e tenha um banheiro só pra si. Sabemos que tudo isso muitas vezes é impossível. Mas podemos reforçar a higiene, manter os ambientes ventilados e sempre lavar as mãos.

“Tenho 62 anos, tomo a vacina para H1N1 anualmente, sou hipertensa com controle por medicamentos. Estive na Bahia aguardando um voo de retorno a Curitiba, que espero que seja nesta segunda (23). Posso ou devo tomar a vacina H1N1 assim que chegar em Curitiba ou devo aguardar alguns dias?” (Clarissa Gomes, 62 anos, arquiteta, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – A recomendação médica é que todos do grupo de risco se vacinem para H1N1, o que inclui todas as pessoas acima de 60 anos (mesmo que tenham doenças como a hipertensão ou diabetes). Os médicos indicam a vacinação, pois ela ajudará a proteger os pacientes da gripe, e assim diminuirão os casos de pessoas com sintomas respiratórios. Estão sendo tomadas providências para que não haja aglomerações durante a vacinação – assim, não precisa se preocupar sobre isso. Além disso, é importante reforçar os cuidados de higiene e se manter em isolamento social para evitar a contaminação, pois o vírus possui uma alta taxa de infectividade. No seu caso recomenda-se cuidado redobrado com as regras de distanciamento social e pode lavar as mãos à vontade com água e sabão.

“Moro com a minha avó de 80 anos, que tem uma saúde muito boa. A campanha de vacinação contra gripe começou. E uma boa ideia ela ir tomar essa vacina? Pergunto isso porque se eu não me engano a vacina abaixa a imunidade. O isolamento não seria melhor do que se expor visto essa contaminação crescente?” (Drica Seki, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Oi, Drica! Muito importante a sua pergunta. A vacina da gripe não baixa a imunidade, e sim irá melhorar a imunidade da sua avó contra o influenza, o vírus da gripe. Essa vacina é produzida a partir do vírus morto e fracionado, então não existe o risco de pegar a gripe após a vacinação. Os anticorpos contra o vírus da gripe serão formados dentro de aproximadamente 15 dias. E por isso é tão importante a vacinação nesse momento. Os sintomas da gripe e da Covid-19 são bem semelhantes. Se a sua avó não pegar a gripe porque foi vacinada, ela não precisará recorrer ao sistema de saúde que já está tão sobrecarregado, e isso também irá reduzir a exposição da sua avó a um potencial infectado com a Covid-19. Pode ser que em aproximadamente 48 horas após a vacinação, ela sinta algumas reações como febre, mal-estar e dor no corpo. Essa reação é comum, e não significa que baixou a imunidade. Sobre a questão do distanciamento, tanto em Curitiba quanto em várias outras cidades do Brasil, a Secretaria de Saúde montou postos externos para evitar a aglomeração de pessoas e também está oferecendo postos de drive thru – o agente de saúde vai até o carro e vacina o idoso. O isolamento por causa da Covid-19 acontece justamente por não termos ainda uma vacina eficaz contra o vírus SARS-CoV-2. Mas certamente muitos pesquisadores no Brasil e no mundo estão trabalhando para isso!

O processo de contaminação

“Depois que a pessoa tem contato com o vírus, ela passa a propagar imediatamente? E no caso de quem é contaminado, manifesta a doença e vai melhorando, depois de quanto tempo a pessoa para de propagar o vírus?” (Cristiane da Silva Lopes, servidora técnica, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Cristiane, sabemos que a transmissão pode ocorrer a partir do momento que a pessoa infectada apresenta sintomas, mas ainda não há confirmação de quando exatamente pode começar a transmissão do vírus antes dos sintomas. Em relação à propagação após recuperação, a pessoa é considerada curada quando testar negativo em tratamento hospitalar. Importante lembrar que a principal maneira pela qual a doença Covid-19 se espalha é através de gotículas respiratórias expelidas por alguém que está tossindo ou espirrando ou por contato com secreções contaminadas. Existem portadores assintomáticos, que podem transmitir a Covid-19, e muitas pessoas têm apenas sintomas leves. Portanto, é possível pegar Covid-19 de alguém que tenha, por exemplo, apenas uma tosse leve e não se sinta mal. O tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é em média de cinco dias, mas pode chegar a duas semanas. Pacientes com risco de estarem contaminados ou confirmados para Covid-19 com sintomas leves devem cumprir isolamento domiciliar de 14 dias para evitar a transmissão na comunidade.

“Já é possível saber se alguma condição climática é melhor para o alastramento e sobrevivência do vírus?” (Francielle Cristina de Pádua, 29 anos, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Francielle, este vírus não gosta muito de calor, é termolábil, ou seja, pode ser destruído em altas temperaturas. A persistência de vírus em temperaturas de 30 ou 40 graus é bem reduzida. Já em temperaturas mais baixas consegue sobreviver mais tempo, e em temperaturas extremas negativas (menos 20 graus) pode ficar estável por até dois anos. Há estudos mostrando que o coronavírus persiste com sua infectividade em superfícies como metal, vidro ou plásticos por até nove dias dependendo das condições de temperatura, umidade e luz, mas em ambiente seco cai para seis dias. Como é termolábil, será destruído em temperatura de cozimento de alimentos (70 graus). Por outro lado, isso não significa que a doença não vai se disseminar no Brasil, pois o vírus passa de um hospedeiro para outro. Os dados preliminares mostram que a taxa de disseminação no Brasil e a letalidade são muito semelhantes a de outros países.

“O vírus sobrevive em ambiente externo? Recebi uma imagem afirmando que pode ser até nove dias e achei que pode ser um tempo muito grande” (Ana Carolina Rodrigues, 23 anos, estudante, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Ana Carolina, você tem certa razão. Há estudos mostrando que o coronavírus SARS-CoV, que causa a síndrome respiratória grave que está ocorrendo na pandemia, persiste com sua infectividade em superfícies como metal, vidro ou plásticos por até nove dias, mas em ambiente seco isto cai para seis dias. Em materiais porosos, como papel, a sobrevivência é bem menor. Mas veja que interessante: o vírus pode ser eficientemente inativado em apenas um minuto pela desinfecção destas superfícies com álcool 62 a 71%, peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 0,5% ou hipoclorito de sódio (Q-Boa diluída 20 vezes) a 0,1%. Por isso, a importância de manter as superfícies limpas e desinfetadas.

“Gostaria de saber mais sobre a reinfecção. Se eu estiver infectada hoje testando positivo para o Covid-19, fizer o tratamento e passar a testar negativo, posso ir ver meus pais sem medo de eventualmente desenvolver a doença novamente?” (Fabiana Santos, 36 anos, bioquímica, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Fabiana, ainda não há muitas informações sobre a reinfecção do coronavírus, pois a doença ainda é muito nova e vários aspectos da evolução da Covid-19 e comportamento do vírus estão sendo detectados à medida que os casos avançam pelo mundo, infelizmente. Há ainda dúvidas, mas já foram descritos poucos casos (China e Japão) de pacientes que tiveram a infecção, foram tratados e depois foram internados novamente testando positivo. Especialistas dizem que há várias maneiras pelas quais os pacientes que recebem alta podem adoecer novamente com o vírus. Por exemplo, os pacientes podem não acumular anticorpos suficientes para desenvolver imunidade ao vírus; o vírus pode ser bifásico, o que significa que permanece “adormecido” e depois volta a provocar os sintomas; ou ainda que houve falhas ou discrepâncias nos testes destes pacientes. Como isto ainda não está esclarecido, o melhor é continuar seguindo as recomendações de isolamento domiciliar de 14 dias e os cuidados de higienização.

O atendimento e a recuperação

“Estou com sintomas do que parece o começo de uma gripe leve. Pode ser uma gripe normal ou reação à temperatura que está oscilando um pouco. Mas quando devo realmente me preocupar e buscar atendimento?” (Natalia Zardo, 18 anos, estudante, Florianópolis-SC)
Cientistas UFPR – Os sintomas mais comuns da Covid-19 são febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem ter dores no corpo, congestão e corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. O ideal é acompanhar a evolução dos seus sintomas e ficar em casa. Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure atendimento médico. Enquanto você acompanha os sintomas, mantenha distância das pessoas, use lenço descartável quando tossir ou espirrar, deixe ambiente bem arejado, lave as mãos frequentemente. Se compartilhar casa com outras pessoas, atente para limpar superfícies com álcool 70%. Se puder, pode usar máscara para evitar contaminação de outras pessoas.

“Quando contraída a doença Covid-19, quais ações devem ser tomadas para uma boa recuperação em casa, considerando que a pessoa infectada apresenta sintomas leves?” (Richard Schack Müller, 19 anos, estudante, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – A pessoa diagnosticada com Covid-19 deve permanecer em casa, em isolamento domiciliar com o mínimo contato possível com outros moradores. O doente deve ficar em quarto isolado e ventilado, se possível usar banheiro privativo, não compartilhar utensílios e as roupas usadas de cama e banho devem ser acondicionadas em sacos plásticos e lavadas separadamente (a pessoa que lavá-las deve usar luvas para manuseá-las). Escolha um familiar para atender o enfermo – de preferência, alguém com boa saúde e sem doenças crônicas. Quando estiver perto do doente, o cuidador deve utilizar uma máscara descartável e trocá-la caso fique úmida ou com secreções. Importante higienizar as superfícies do quarto e do banheiro diariamente, de preferência use primeiro sabão ou detergente e depois um desinfetante comum com hipoclorito de sódio a 0,1% (uma xícara de café de água sanitária em um litro de água). Lavar as roupas com mais frequência, em separado, com sabão e água.

“O corona é um vírus potente ao ponto de causar a morte de uma pessoa saudável de meia idade com facilidade? Além disso, o que difere tanto a Covid-19 em questão de danos ao corpo de uma gripe forte?” (Leandro Brandão de Paula, 22 anos, contador, Curitiba-PR)
Cientistas UFPR – Leandro, embora a doença causada pelo coronavírus seja mais branda em crianças e adultos jovens, infelizmente há relatos de pessoas muito jovens acometidas gravemente, inclusive com óbito, como ocorrido com uma moça de 21 anos na Inglaterra. As autoridades de saúde demonstram preocupação de que os jovens ignorem os avisos sobre a propagação do vírus, uma vez que acreditam que a doença apenas acomete idosos, o que está se provando não ser verdade. Os sintomas mais comuns da Covid-19 podem se parecer com uma gripe causada por outros vírus. O que diferencia a Covid-19 é sua alta capacidade de infectividade e transmissibilidade entre pessoas. Pessoas com febre, tosse e dificuldade em respirar devem procurar atendimento médico. No caso de Covid-19 grave quanto antes iniciar o tratamento, maior a chance de sobreviver.

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Sobre a Agência Escola UFPR

A Agência Escola UFPR, a AE, é um projeto criado pelo Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD) para conectar ciência e sociedade. Desde 2018, possui uma equipe multidisciplinar de diversas áreas, cursos e programas que colocam em prática a divulgação científica. Para apresentar aos nossos públicos as pesquisas da UFPR, produzimos conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, podcasts, audiovisuais, eventos e muito mais.

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