Metodologia sistematizou quase mil documentos imobiliários e oferece ao Incra uma base de informações para gestão e regularização de terras
Por Cecilia Sizanoski | Agência Escola UFPR
Foto: Arquivo Lageamb
Organizar o passado para projetar o futuro. Esse é o propósito do Projeto de Busca Cartorial, que integra o Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Ambientais (Lageamb). A iniciativa nasceu da necessidade de reunir em um só lugar informações que estavam espalhadas por dezenas de cartórios de registro de imóveis.
O Incra é o maior proprietário de terras do Brasil e administra, no Paraná, um patrimônio que ultrapassa cinco milhões de hectares. Parte das áreas administradas pelo Instituto foram herdadas de órgãos que o antecederam, o que resulta em mais de 60 anos de ações de regularização fundiária no Paraná. “Ao longo dessas décadas, seria natural que informações se perdessem, e de fato isso aconteceu. O Incra tem realizado diversas atividades de levantamento e compilação de dados”, explica o funcionário do Incra e fiscal do projeto, Luciano Guimarães. “Sendo uma tarefa hercúlea, o Projeto Busca Cartorial nos ajuda a resgatar o tamanho real do patrimônio territorial do órgão, o que impacta não apenas o Incra, mas também a população em geral, rural e urbana, e diferentes órgãos públicos na faixa de fronteira”.
Em pouco mais de um ano, o projeto conseguiu sistematizar 902 documentos imobiliários, que se converteram em uma base de dados composta por relatórios, planilhas e manuais técnicos. De acordo com a sub-coordenadora e executora do projeto, Raquel Sizanoski, o principal objetivo foi “reordenar a base de informação de documentos imobiliários do Incra para que o instituto possa fazer uma gestão mais adequada dessas informações”, afirma.
A criação de um novo fluxo











